quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Regresso, com a verdade

Já não vinha cá há algum tempo. Mas achei justo, à boleia de um amigo, publicar o texto que... somos todos.

Definitivo

Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:

Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento,perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...

Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Finalmente...

domingo, 15 de novembro de 2009

...

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Vidas

Há dias vi-me obrigado a uma incursão pelas urgências do Hospital Sto António no Porto. No mei de toda a habitual confusão nos corredores estava uma mãe. Ao seu lado a filha, com corpo de 50 mas mentalidade de 15 anos. Não é uma crítica, era mesmo assim. A filha desatou (inconsciente) aos murros e gemidos pelos corredores, na ânsia de ser atendida mais depressa. A mãe permaneceu quieta. Observava a filha. Um médico olhou a rapariga, deitou-a numa maca para a calar. A mãe permanneceu calada e quieta. Dois dias depois fui às urgências do Hospital São João no Porto. À saída, olhei para a direita e vi: Psiquiatria. Sentada, ao fundo, sozinha, a criança adulta. Sem a mãe, mas com ar inconfromado... como sempre. Acho que fiquei a perceber muito sobre as listas de espera nos Hospitais portugueses.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Grande Filme

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

No que tu te meteste...

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Perigo!